Design para Educação Multimodal:

As sociedades experimentam processos formativos formais, não-formais e informais vinculados às interações vivenciadas que fundamentam suas construções de sentidos sociais. Ao longo da história, as diversas formas semióticas ou multimodos comunicacionais foram alijadas dos processos formativos, em favor da supremacia da escrita verbal. Houve assim, para além da restrição ao acesso às ordens dos discursos e ao capital simbólico, e da instrumentalização de uma ideologia do consumo posta pelo espetáculo midiático, a regulação do desenvolvimento de competências e habilidades propulsoras de uma formação multimodal e de um letramento crítico multimodal midiático. No Eixo Design para Educação Multimodal: Design em Parceria/Participativo e Letramento Midiático, nos dedicamos a analisar esses processos restritivos e suas consequentes formas de interações para, por meio do design em parceria/participativo, do letramento crítico midiático, da ludicidade e da pedagogia da multiliteracia, ofertar objetos, sistemas, práticas, processos, tecnologias e serviços que combinem diferentes modos de representação (imagens, músicas, cores, oralidades e escritas) e favoreçam a autoria/autonomia dos sujeitos sociais, oportunizando assim não apenas o reconhecimento das inteligências múltiplas como também, e principalmente, a produção/leitura crítica de gêneros midiáticos e práticas multimodais. Sustentamos no Eixo que esses gêneros e práticas são elementos culturais que transformam os fazeres humanos, seus modos de relacionamento com o conhecimento em prol de uma formação multimodal colaborativa e emancipatória. Autores como Gustavo Bomfim, Donald Schon, Douglas Kellner, Paulo Freire, José Pacheco, Paul Gee, Howard Gardner, Mikhail Bakhtin, Norman Fairclough e também o New London Group sustentam o Eixo.